A gigante chinesa de bubble tea e sorvetes Mixue está prestes a iniciar suas operações no Brasil com um investimento de R$ 3,2 bilhões. O anúncio foi feito durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, que resultou em um pacote de investimentos chineses de R$ 27 bilhões no país. A expectativa da empresa é abrir mais de 25 mil lojas até 2030, o que pode transformar a Mixue em uma das maiores franquias de alimentação rápida do país.
Com mais de 45 mil unidades em 12 países da Ásia e da Oceania, incluindo China, Singapura e Tailândia, a Mixue já compete diretamente com gigantes como McDonald’s (com cerca de 43 mil lojas no mundo) e Starbucks (40,5 mil unidades). Agora, o Brasil passa a ser peça-chave na estratégia global de crescimento da marca.
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Origem e modelo de negócio
A Mixue foi fundada em 1997, na província de Henan, na China, como uma pequena barraca de raspadinhas. A consolidação como rede veio em 2008, com a entrada no franchising. Desde então, o portfólio se expandiu para incluir sorvetes, chás, limonadas, cafés e smoothies de frutas, com a proposta de oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis, em média ¥ 6 (cerca de R$ 4,70 por item).
Com forte apelo visual e identidade de marca clara, as lojas seguem um padrão “takeaway”, priorizando o atendimento rápido e de baixo custo. A Mixue também atua como fornecedora de matéria-prima e equipamentos para seus franqueados. Seu mascote, Snow King, um boneco de neve com coroa, já se tornou viral nas redes sociais e ajuda a impulsionar a imagem da marca entre os consumidores jovens.
Expansão e controvérsias
Em 2022, a empresa alcançou um lucro líquido superior a US$ 300 milhões, com base em seu modelo de operação enxuto e escalável. No entanto, a trajetória de crescimento da Mixue não passou ilesa por polêmicas.
Em 2023, uma investigação do jornal chinês The Beijing News revelou o uso de ingredientes vencidos e irregularidades trabalhistas em unidades da rede em Nanquim. O caso resultou em inspeções e multas por parte das autoridades locais. Ainda em 2022, a Mixue foi autuada por empregar menores de idade, descumprindo normas trabalhistas.
Apesar desses episódios, a marca manteve seu plano de expansão internacional e agora foca em fincar bandeira no mercado latino-americano, começando pelo Brasil.
O que esperar da Mixue no Brasil
Com a promessa de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, a entrada da Mixue deve intensificar a competitividade no segmento de sorvetes, chás e bebidas rápidas. A combinação de preço baixo, branding viral e operação padronizada tende a atrair um público jovem e conectado, especialmente nas grandes capitais.
O mercado brasileiro, já aquecido por redes como McDonald’s, Chiquinho Sorvetes e Cacau Show, deverá acompanhar de perto os próximos passos da marca asiática que chega com apetite para conquistar o paladar e o bolso do consumidor nacional.
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*Com informações de Guia de Franquias